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Mostrando postagens de maio, 2017

Quem deixou meus pais envelhecerem? POR RUTH MANUS

Imperdível a leitura!!! Gratidão pelas palavras tão bem escritas pelas mãos de Ruth Manus O combinado não era eles serem jovens para sempre? Meus pais não são velhos. Quer dizer, velho é um conceito relativo. Aos olhos da minha avó são muito moços. Aos olhos dos amigos deles, são normais. Aos olhos das minhas sobrinhas, são muito velhos. Aos meus olhos, estão envelhecendo. Não sei se lentamente, se rápido demais ou se no tempo certo. Mas sempre me causando alguma estranheza. Lembro-me de quando minha mãe completou 60 anos. Aquele número me assustou. Os 59 não pareciam muito, mas os 60 pareciam um rolo compressor que se aproximava. Daqui uns anos ela fará seus 70 e eu espero não tomar um susto tão grande dessa vez. Afinal, são apenas números. Parece-me que a maior dificuldade é aprendermos a conciliar nosso espírito de filho adulto com o progressivo envelhecimento deles. Estávamos habituados à falsa ideia que reina no peito de toda criança de que eles eram invencíveis....

Depressão na velhice é diferente?

Sim!!! É uma nova fase de desenvolvimento na vida do ser humano, e como as demais que a antecederam, tem suas características e peculiaridades. Estudar e se aprofundar sobre a depressão na velhice faz toda a diferença no atendimento psicoterápico ao idoso. Algumas crenças comuns a maioria da população não idosa perpetuam algumas idéias preconcebidas e preconceituosas sobre a velhice e o envelhecer. Deprimidos envelhecem, e isso é fato.  O envelhecimento não cura depressão.  Adulto deprimido possivelmente se manterá deprimido na velhice. Porém, não deprimidos envelhecem, e podem vir a se deprimir por fatores associados às perdas naturais que a velhice saudável impõe.  Imagine se for um envelhecimento com patologias orgânicas...  Enfim, a senescência (envelhecimento não patológico) tem suas características, tal qual a adolescência.  Tempo de intensas mudanças corporais e psíquicas...                 ...
O Dr. Juan Hitzig estudou as características de alguns longevos saudáveis e concluiu que além das características biológicas, o denominador comum entre todos eles esta em suas CONDUTAS E ATITUDES. cada pensamento gera uma emoção e cada emoção mobiliza um circuito hormonal que terá impacto nos trilhões de células que formam um organismo - explica. As condutas "S": serenidade, silêncio, sabedoria, sabor, sexo, sono, sorriso, promovem secreção de SEROTONINA. Enquanto as condutas "R": ressentimento, raiva, rancor, repressão, resistências,facilitam a secreção de CORTISOL, um hormônio "CORROSIVO" para as células, que acelera o envelhecimento. As Condutas "S" geram atitudes "A" - ânimo, amor, apreço, amizade, aproximação, As Condutas "R" pelo contrário geram atitudes "D" - depressão, desanimo, desespero, desolação. Aprendendo esse alfabeto emocional lograremos viver mais tempo e melhor, porque o "sangue ruim...

Tristeza aliviada

Sobre a dor da perda e o alívio de ver o ser amado se libertar do aprisionamento de dentro de si mesmo. Quando a morte liberta paciente e cuidadores familiares do sofrimento promovido pelas demências. O trabalho com a população idosa, em particular com idosos com síndrome demencial, nos aproxima do sofrimento que a perda de funções cerebrais nos pacientes promovem em toda a família. As perdas são progressivas e vão se agravando com o tempo. Também acompanham as alterações de comportamento,, sendo descritas pelos familiares e cuidadores como as mais desafiadoras na doença. Em termos práticos, para dar uma real noção do que estamos falando, os idosos com síndrome demencial, seja a de Alzheimer ou as de outras etiologias, apresentam algumas características em comum: o idoso/a vai lenta e gradualmente "desaprendendo" tudo o que aprendeu desde seu nascimento até o início da vida adulta, quando já apresenta um cérebro completamente formado, biologicamente falando. o i...

Ser mãe e filha ao mesmo tempo...

Com a proximidade do Dia das Mães, começo a refletir sobre o tema. Mulheres de meia idade que procriaram e que tem mães vivas, muitas vezes se encontram na simultânea posição de ser mãe e filha. Excelente oportunidade para praticar a empatia e se colocar ora em uma posição , ora em outra. Fica a certeza de que mão é uma só...mesmo que tenha um ou muitos filhos. Fica a certeza de que cada filho é único...em seu temperamento, personalidade...enfim, em suas particularidades. Mas não, para cada filho existe uma mãe. A cada filho que nasce, nasce uma mãe nova. Pois essa mãe precisa se renovar para se ajustar às necessidades únicas que o novo ser que nasce demanda. Várias mães num único corpo. Parece estranho pensar assim... Na prática profissional, é comum ao atender idosos, que se faça contato com os filhos/as. principalmente quando se trata de uma velhice com alguma patologia. E no discurso de cada filho encontramos a descrição psíquica, e não física, de uma mulher....