Sobre a dor da perda e o alívio de ver o ser amado se libertar do aprisionamento de dentro de si mesmo.
Quando a morte liberta paciente e cuidadores familiares do sofrimento promovido pelas demências.
O trabalho com a população idosa, em particular com idosos com síndrome demencial, nos aproxima do sofrimento que a perda de funções cerebrais nos pacientes promovem em toda a família.
As perdas são progressivas e vão se agravando com o tempo.
Também acompanham as alterações de comportamento,, sendo descritas pelos familiares e cuidadores como as mais desafiadoras na doença.
Em termos práticos, para dar uma real noção do que estamos falando, os idosos com síndrome demencial, seja a de Alzheimer ou as de outras etiologias, apresentam algumas características em comum:
Essas características representam, em termos práticos, a realidade cotidiana do paciente, de não saber o que precisa fazer, quando precisa fazer, como fazer, e não ter conhecimento de que está sem essas capacidades.
Tal falta de consciência leva muitos pacientes a recusarem ajuda, tornando-os muito reativos quando os que querem oferecer cuidados se aproxima.
Alguns reagem dispensando a ajuda oferecida de forma civilizada, educada, usando de modos e palavras gentis.
Outros reagem de forma ríspida, agressiva, usando vocabulário rude ou ofensivo.
Entretanto, pacientes antes dóceis podem reagir com rispidez e pacientes antes grosseiros podem reagir com cordialidade.
Tais alterações de comportamento geram reações emocionais naquele que cuida:
sentir-se ofendido pode ser comum, pois o cuidador conhece suas boas intenções e não aceita ser rejeitado com rispidez.
Continuar os cuidados com qualidade demanda do cuidador extremo esforço e paciência. uma verdadeira prova de esforço físico e emocional.
Resumindo: ao fim de longos anos tendo uma rotina diuturna com este nível de dependência para as atividades de vida diária e com este nível de flutuações emocionais, variando num mesmo dia de agitação, agressividade, amorosidade, letargia e apatia, temos paciente e cuidador enfrentando altos níveis de sofrimento emocional.
Então um dia chega a etapa final da vida, a qual muitos decidem não pensar, planejar ou citar: a morte.
E, nessa condição do acometimento pela síndrome demencial, a morte vem revestida de dor, saudade, tristeza e alívio.
Difícil de admitir para muitos, impossível para alguns, e em tom confessional para poucos.
Quando a morte liberta paciente e cuidadores familiares do sofrimento promovido pelas demências.
O trabalho com a população idosa, em particular com idosos com síndrome demencial, nos aproxima do sofrimento que a perda de funções cerebrais nos pacientes promovem em toda a família.
As perdas são progressivas e vão se agravando com o tempo.
Também acompanham as alterações de comportamento,, sendo descritas pelos familiares e cuidadores como as mais desafiadoras na doença.
Em termos práticos, para dar uma real noção do que estamos falando, os idosos com síndrome demencial, seja a de Alzheimer ou as de outras etiologias, apresentam algumas características em comum:
- o idoso/a vai lenta e gradualmente "desaprendendo" tudo o que aprendeu desde seu nascimento até o início da vida adulta, quando já apresenta um cérebro completamente formado, biologicamente falando.
- o idoso, dono de sua personalidade única, vai alterando seu comportamento não tão gradualmente.
- seu comportamento oscila, sem aviso, indo do mais amoroso e dócil ao mais irritável, agressivo, teimoso e irredutível, sem qualquer aviso, ao longo de um mesmo dia ou de uma mesma semana.
Essas características representam, em termos práticos, a realidade cotidiana do paciente, de não saber o que precisa fazer, quando precisa fazer, como fazer, e não ter conhecimento de que está sem essas capacidades.
Tal falta de consciência leva muitos pacientes a recusarem ajuda, tornando-os muito reativos quando os que querem oferecer cuidados se aproxima.
Alguns reagem dispensando a ajuda oferecida de forma civilizada, educada, usando de modos e palavras gentis.
Outros reagem de forma ríspida, agressiva, usando vocabulário rude ou ofensivo.
Entretanto, pacientes antes dóceis podem reagir com rispidez e pacientes antes grosseiros podem reagir com cordialidade.
Tais alterações de comportamento geram reações emocionais naquele que cuida:
sentir-se ofendido pode ser comum, pois o cuidador conhece suas boas intenções e não aceita ser rejeitado com rispidez.
Continuar os cuidados com qualidade demanda do cuidador extremo esforço e paciência. uma verdadeira prova de esforço físico e emocional.
Resumindo: ao fim de longos anos tendo uma rotina diuturna com este nível de dependência para as atividades de vida diária e com este nível de flutuações emocionais, variando num mesmo dia de agitação, agressividade, amorosidade, letargia e apatia, temos paciente e cuidador enfrentando altos níveis de sofrimento emocional.
Então um dia chega a etapa final da vida, a qual muitos decidem não pensar, planejar ou citar: a morte.
E, nessa condição do acometimento pela síndrome demencial, a morte vem revestida de dor, saudade, tristeza e alívio.
Difícil de admitir para muitos, impossível para alguns, e em tom confessional para poucos.
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